Nossos dias 7, 8 e 9 de maio foram de muita troca de conhecimento com o Seminário Agroecologia no enfrentamento das mudanças climáticas. Este tema foi abordado com muita sabedoria por Carlos Eduardo Leite (Caê), representante da AABA e do Sasop, e discutido entre os agricultores(as) beneficiários(as) dos projetos ATER e cisternas.
Refletir sobre os efeitos das mudanças climáticas em nosso meio e como esses efeitos afetam nosso dia a dia é de extrema importância. No diálogo com Caê, foram apresentados caminhos para enfrentar esses efeitos e evitar que eles continuem causando problemas para o meio ambiente, tais como a adoção de modelos de produção mais conscientes e sustentáveis, bem como princípios agroecológicos.
“O Papa Francisco foi uma liderança mundial que há anos vem falando sobre isso. Ele tem uma encíclica chamada Laudato Si que fala de que é esse equilíbrio, que ele chama de Casa Comum. O nosso planeta é a nossa Casa Comum. Nós todos somos responsáveis por esse planeta que nós vivemos. Então, se a gente não tomar para si, se a comunidade planetária mundial não tomar para si a responsabilidade de salvar o nosso próprio planeta, quem é que vai ter?” – Carlos Eduardo Leite (Caê), representante da AABA e do Sasop.
Para promover ainda mais a reflexão sobre o assunto, foram divididos grupos de trabalho para que os agricultores(as) pensassem sobre os desafios, avanços, estratégias e perspectivas para o futuro. Dentre as perguntas realizadas a eles, uma delas foi: Quais os sinais podemos identificar nas comunidades e nos municípios relacionadas às mudanças climáticas?
As apresentações foram excelentes e podem ser mais um passo neste enfrentamento. Para ilustrar as possibilidades que contribuem para a adaptação das mudanças climáticas, houve uma mostra de maquetes abordando diferentes temas: as cisternas de consumo e produção, a casa de sementes, o sistema agroflorestal, o RAC/SAF e o sistema PAIS.
A agricultura familiar é diretamente afetada por alterações no clima. O aumento das temperaturas e a irregularidade das chuvas impactam a produção agrícola. Ao discutir essas questões, é possível promover práticas sustentáveis, como o uso de tecnologias mais eficientes e o manejo adequado do solo. Isso ajuda na adaptação às novas condições e na mitigação dos efeitos climáticos, garantindo uma agricultura mais resiliente e a segurança alimentar a longo prazo.
Texto: Lucilene Rosário e Clemilda Souza.