CEDASB e ISFA, dessa vez, foram para Salvador discutir sobre agroecologia e produção orgânica com especialistas, agricultores e instituições parceiras.

Na 5ª Plenária da Comissão Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica (CEAPO), que aconteceu no dia 11/12 em Salvador, ações foram alinhadas com a Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica e a metodologia de elaboração do 1º Plano Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica foi uma das importantes pautas a serem discutidas, além do reforço ao compromisso do Bahia Sem Fome com a agricultura familiar e o alinhamento entre o Governo Federal e o Governo Estadual no âmbito da CNAPO e CEAPO. Além da participação de Leandra Silva (AABA/Cedasb), estiveram presentes representantes de 10 Secretarias de Estado (CASA CIVIL, SDR, SEPLAN, SPM, SEMA, SIHS, SEADES, CAR, SEPROMI e SESAB), da Secretaria Geral da Presidência do Governo Federal, das representações da sociedade civil organizada, universidades e rede de escolas do campo.

Nos dias posteriores, aconteceu o 4º Seminário Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica reunindo especialistas, agricultores e instituições para debater caminhos que impulsionam a produção de alimentos de qualidade na Bahia.

 

A abertura do evento contou com a participação dos seguintes representantes: Adriano Costa – Chefe de Gabinete da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR); Tiago Pereira – Coordenador Geral do Programa Bahia Sem Fome; Débora Rodrigues – Presidenta do Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA/BA); Paulo Peterson – Coordenação Executiva da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA); Patrícia Tavares – Secretaria Executiva da Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (CNAPO); Eliezer Freire – Representante da Comissão Interinstitucional de Agroecologia e Produção Orgânica (CIAPO); Paula Silva – Representante da Comissão Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica (CEAPO); Leandra Silva – Coordenação da Articulação de Agroecologia da Bahia (AABA); Soraia Correia – Representante do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável (CEDRS); Juliano Vilas Boas – Representante do Fórum Baiano de Agricultura Familiar (FBAF).

O membro da Coordenação Executiva da Articulação Nacional de Agroecologia Paulo Peterson, sob a mediação de Lara Matos, realizou uma palestra Magna com o tema “Na boca do povo: políticas públicas e agroecologia” no 4º Seminário Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica. Para ele, a agroecologia não se dá apenas com os fazeres práticos e técnicos, mas também com os fazeres políticos. Além disso, Paulo Peterson reforça que quando a gente diz isso, a gente fala que a agroecologia precisa fazer enfrentamento ao patriarcado.”

 

Além disso, houve os lançamentos das cartilhas Plano Estadual de Agroecologia e produção orgânica: aspectos metodológicos e 1º VIGISAN: Inquérito sobre a insegurança alimentar na Bahia 2021-2022, respectivamente apresentadas por Carlos Eduardo e Maicon Miguel (GT CEAPO/CIAPO) e pela professora da Escola de Nutrição da UFBA Sandra Chaves.

O seminário contou com o Painel 1: “Políticas públicas de Agroecologia: aspectos para o monitoramento e avaliação” com a mediação de Tiago Pereira e a participação de Patrícia Tavares, da Secretaria Executiva da Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (CNAPO), Paulo Peterson, membro da Coordenação Executiva da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), de e Carlos Henrique, representante da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR). No Painel 2, foi abordado o “PRONARA: Programa Nacional de Redução dos Agrotóxicos e suas interfaces” com a mediação de Paula Silva, da Rede Povos da Mata, e a participação do Ministério Público da Bahia – MP/BA por meio de Luciana Espinheira Khoury, do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) com Leomárcio Araújo, de Patrícia Tavares e de Tércio Guedes Viana, da Comissão de Produção Orgânica da Bahia (CPORG/BA).

 

As atividades reafirmaram a agroecologia como eixo estratégico para a soberania e a segurança alimentar na Bahia, fortalecendo o diálogo entre poder público e sociedade civil. A participação do CEDASB e do ISFA nesses espaços reforça o compromisso das entidades com a construção coletiva de políticas públicas que valorizem a agricultura familiar, os saberes dos povos do campo e a produção de alimentos saudáveis, apontando caminhos para um desenvolvimento rural mais justo, sustentável e inclusivo.

Texto: Lucilene Rosário.