“Nós agricultor nem sempre encontra tempo pra rever os amigos da comunidade e conversar sobre a lida do dia, as dificuldade e as coisas boas também. Daí quando acontece esses momentos de capacitação a gente se une e organiza as ideias de cada um sobre as melhoria que a gente pode fazer na roça, os programa voltado pros agricultores do campo e com isso a gente vê que pode conquista qualquer coisa se nós lutar junto” (seu Jesuíno F. dos Santos- Agricultor em Cândido Sales/BA).

Realidades como a de seu Jesuíno, morador da comunidade Bomba em Cândido Sales podem ser partilhadas por outros agricultores e agricultoras de diversas comunidades espalhadas pelo semiárido. São pessoas de luta e de força e mais ainda, veem no semiárido muitas possibilidades, lugar repleto de potencialidades. E é por isso que, independente da comunidade, em todos os encontros de formação a energia é sempre a mesma, desejo de melhorias, propostas interessantes e uma vontade imensa de trabalhar e viver na roça.

Cada agricultor e agricultora que participa das capacitações deixam um pouco de si e levam um pouco do outro. Nesse sentido é que o curso de Gestão de Água para Produção de Alimentos- GAPA, do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), financiado pelo MDS e executado pelo CEDASB é planejado. Realizado nas comunidades de Bom Jesus da Serra/BA, Anagé/BA e Cândido Sales/BA, e atendendo a sessenta e nove (69) famílias, o curso visa despertar nos agricultores e agricultoras beneficiados a reflexão sobre a organização de suas propriedades e a troca de saberes e experiências sobre as práticas que cada um já desenvolve.

Como o GAPA é um dos requisitos para as famílias receberem as tecnologias sociais de convivência com o semiárido, o encontro é, segundo José Jorge, filho de agricultores e ministrante do curso em Anagé, na comunidade Caçote “mais um momento de construção coletiva do conhecimento em que as famílias trocam entre si experiências das mais diversas atividades por elas desenvolvidas, não apenas relacionadas à produção, mas também no resgate das tradições culturais e religiosas, respeitando e valorizando o vasto conhecimento empírico de todos os envolvidos. O encontro se torna ainda interessante por contar com a participação de jovens, crianças, adultos, idosos, homens e mulheres. Merece destaque a afirmação da militância nos movimentos sociais como MPA e ASA com melhor conhecimento da política institucional do CEDASB”.

Anacízio Xavier que também é filho de agricultores e ministrante do GAPA na comunidade Poços em Anagé foi ainda mais longe, para ele esses momentos de formação possibilitam uma viagem no tempo, “quando os agricultores e agricultoras começam a pensar juntos sobre o passado, presente e futuro da comunidade e, quando discutem sobre isso, eles conseguem perceber os erros e acertos cometidos por seus antepassados e com isso podem modificar sua própria realidade para construir um futuro melhor”.

Através do P1+2 os agricultores e agricultoras contemplados podem proporcionar às suas famílias a segurança alimentar e nutricional. Não bastasse isso, com o aumento da produção de alimentos a família pode aumentar a renda. Já é sabido que o povo do semiárido é forte e batalhador, logo, só precisa de oportunidades para provar que o semiárido assim como seu povo é resiliente e próspero!

                                                                                           Por: Equipe de comunicação CEDASB

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