“Pra mim é muito importante essa cisterna para eu começar meu prantio. A gente de agora em diante vamo trabalhar pra ter nossas coisa. E eu sei o valor de uma belezura dessa, tanto que na época da construção nós trabalhamos até de noite só pra ver ela logo pronta” (Dona Marisa Sousa, beneficiária da tecnologia Cisterna Calçadão).
Assim como dona Marisa, vários agricultores e agricultoras das comunidades Bom Jesus de Cima e Lagoa de Bocanea em Bom Jesus da Serra na Bahia estão felizes com as tecnologias sociais em suas roças. Elas são a certeza da continuidade na terra, pois, possibilitam armazenar água que servirá não somente para o plantio de hortaliças e árvores frutíferas como também para dar de beber a criação. Na verdade, com as construções das tecnologias sociais do Programa Uma Terra e Duas Águas, o P1+2, as famílias camponesas adquirem ainda mais autonomia, interagem melhor em comunidade e partilham uns com os outros o sentimento de pertencimento, de comunhão e de amor a terra.
Mas, para que todas essas conquistas de fato aconteçam, o acompanhamento das famílias pela equipe do projeto é fundamental. E é aí que a equipe técnica do P1+2 do CEDASB entra. Desde o pedreiro, perpassando pelos animadores, coordenação, auxiliares e comunicação, todos vão a campo para acompanhar, monitorar, avaliar e viver junto este momento que é tão importante para os agricultores e agricultoras.
Assim, a visita ocorrida na ultima sexta-feira, 22 de julho, nas comunidades Bom Jesus de Cima e Lagoa de Bocanea começaram na casa de seu Romário. Ele que é pedreiro resolveu, juntamente com outros beneficiários, formar um grupo para ajudar nas construções. “Se sendo pedreiro eu já trabaio com cuidado nas casa dos outro, imagine quando é minha cisterna!” disse seu Romário. Outro agricultor que também está numa alegria só é seu Gerlan. “Pra mim é uma benção, uma riqueza pra gente que mora na zona rural ser beneficiado com essas construção. No meu quintal a mulher já tem umas hortinha e com a cisterna a gente vai plantar uns alface, uns pés de laranja, pra quando der os fruto nosso filho poder comer e também poder dar pros vizinho”.
As ações do P1+2 como destacou Renato, coordenador do Programa “ajudam na promoção da soberania, segurança alimentar e nutricional e uma vez tendo água e a produção aumentando, auxiliam na geração de emprego e renda das famílias agricultoras”. Logo, conciliando os saberes populares com as experiências adquiridas com as capacitações, intercâmbios, atividades necessárias para o recebimento das tecnologias sociais nas comunidades, as famílias aprendem novos modelos de produção sustentáveis e compreendem a importância do cuidado com a natureza.
Por: Equipe de Comunicação