Estamos vivendo um momento de retrocessos no Brasil, onde foi aprovada a PL do Veneno (Projeto de Lei nº 6.299/02), que facilita o uso de agrotóxicos, e está em tramitação outro Projeto de Lei que impede as grandes redes de supermercados de realizar a venda direta de produtos orgânicos para o consumidor. Mesmo nesse cenário, não devemos parar de batalhar por avanços e defender espaços de comercialização da agricultura familiar.
As feiras agroecológicas são importantes espaços para fornecer às famílias produtos livres de agrotóxicos e insumos químicos. Acreditando no potencial dos agricultores (as), o CEDASB realizou através das ações do contrato de prestação de serviço de Assistência Técnica com o Governo do Estado, em parceria com a Secretaria de Agricultura de Piripá, dois dias de capacitação para a organização da feira agroecológica do município.
A atividade contou com a participação de agricultoras e agricultores familiares das comunidades de Bonito, Barra da Ilha, Vereda Grande, Ressaca, Morrinhos e Laginha que já possuíam o sistema de produção agroecológica ou que estão em processo de transição. A formação teve como objetivo qualificar os (as) agricultores (as) para comercializarem seus produtos nas feiras livres agroecológicas, fortalecer a agricultura familiar sustentável, melhorar a qualidade de vida e promover maior participação de mulheres e jovens.
Durante a capacitação os (as) agricultores (as) puderam aprender um pouco mais sobre o planejamento da produção, a organização dos feirantes, a divulgação e técnicas de vendas, bem como, sobre a regulamentação da feira. Na ocasião, também, foi estimulada a autogestão da feira por parte dos agricultores, o fortalecimento e a melhoria de produção.
Acreditamos que o apoio às feiras agroecológicas nas quais as famílias camponesas possam escoar sua produção é ao mesmo tempo uma forma de lutar pela soberania alimentar, mostrar a viabilidade da produção agroecológica e valorizar o homem e a mulher do campo.
Texto e Imagens: Equipe Técnica ATER/CEDASB Bahiater