Na comunidade Olho D’água da Serra, no município de Vitória da Conquista, a agricultora Maria Nalva vem se destacando na produção de Açafrão-da-terra. Seguindo a tradição do trabalho na agricultura familiar, Dona Maria Nalva Prates Cantil, juntamente com os filhos João Vitor e Joalicio, já há algum tempo vêm garantindo uma renda extra para família a partir da produção e comercialização dessa especiaria.
O açafrão-da-terra, conhecido também como cúrcuma, é uma planta originária da Ásia que, além de possuir um sabor marcante e único, vem se destacando por suas propriedades medicinais, graças à curcumina, nome do pigmento presente nele, que apresenta ações antioxidante e anti-inflamatória.
Após a assistência técnica do BAHIATER – CEDASB, a agricultora passou a fazer uso de uma cobertura do solo utilizando folhas secas de restos de culturas e percebeu que com essa simples prática houve a diminuição da necessidade de irrigação, além de manter e ampliar a fertilidade do solo, uma vez que essas folhas, ao passarem por um processo natural de decomposição, fornecem os nutrientes para a plantação.
Em visitas técnicas realizadas pelo CEDASB, foi possível constatar que a família de D. Maria utilizou os conhecimentos adquiridos nessa parceria, aplicando corretamente técnicas de plantio e conservação do solo.
No ano de 2017 como de costume, Dona Maria iniciou o plantio do açafrão perto do barreiro, entretanto, percebendo o aumento da demanda pelo produto, o seu filho João Vitor resolveu ampliar a área plantada para os arredores da casa da família. Essa iniciativa rendeu maior lucratividade para o grupo familiar uma vez que essa especiaria, cultivada dentro dos padrões da agroecologia que lhe confere um sabor diferenciado, tem sido bastante aceita no mercado.
Segundo Dona Maria a safra desse ano já foi quase toda vendida, e uma outra parte já está guardada para o próximo plantio. A intenção da família é aumentar a área plantada e acessar novos mercados, propósitos que serão facilmente alcançados tendo em vista os cuidados e a dedicação desses agricultores no trabalho que desenvolvem.
Texto/Imagens – Milena Mendes / CEDASB