“As sementes, como a CASA DE SEMENTES é e será sempre lugar de resgatar histórias e também lugar de contar histórias”. Essa afirmação que escutamos e que é uma beleza veio de uma das Guardiãs da casa de sementes da comunidade Poço da Pedra, região de Manoel Vitorino/BA.

Entre tantas escutas e conversações com os agricultores e agricultoras, os legítimos guardiões e as guardiãs, a comunidade tem discutido sobre o processo de formação da casa de sementes e na sua estocagem. A capacitação que aconteceu nos dias 27 e 28 de abril faz parte do Projeto Sementes do Semiárido e tem como objetivo a formação das comunidades e das guardiãs e guardiões das sementes tradicionais crioulas na convivência com o semiárido.

Por isso, resgatar é uma das palavras que mais se ouviram dentro das capacitações; resgatar sementes que estão perdidas para o fortalecimento da segurança alimentar das comunidades e não ficar refém de sementes contaminadas (as transgênicas). Tal ação auxilia no resgate à cultura das comunidades, às suas várias formas de celebrar suas festas (contexto histórico cultural), resgatar as pessoas no processo de construção comunitária (os mutirões), resgate histórico da vida do povo e seu contexto social na vida da comunidade (resgatar a história). Tudo isso gira em torno da casa de sementes que tem esse objetivo e que, além de levar formação e o espaço físico da casa, traz também a proposta de comunhão e coletividade de luta da vida dos nossos agricultores, agricultoras, guardiãs e os guardiões das nossas sementes no semiárido.

Ao final do encontro a comunidade escolheu por meio de votação o nome do banco de sementes que intitulado como Criô-melhor refere-se à semente crioula, sua qualidade de adaptação ao semiárido. O projeto Sementes do Semiárido é gestado pelo CEDASB/ASA.

Por Equipe de Comunicação CEDASB

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