Engª Agrônoma e Chef Verena Borba falando sobre as PANC na Comunidade Agreste, Tremedal-Ba
Em abril, o Centro de Convivência e Desenvolvimento Agroecológico do Sudoeste da Bahia (Cedasb) realizou Oficinas Culinárias nas Comunidades de Bom Sucesso e Tapuio, no município de Anagé-Ba, e na Comunidade Agreste, em Tremedal-Ba, como parte das ações do projeto “Mãos Jovens que Alimentam”. As oficinas, facilitadas pela Engª Agrônoma e Chef Verena Borba, marcaram significativamente as ações para o fortalecimento da segurança alimentar e para a promoção de práticas alimentares mais nutritivas entre os jovens e suas famílias.
Durante esses encontros, os participantes tiveram a oportunidade de explorar temas fundamentais para a saúde alimentar. Entre os assuntos abordados estavam a segurança alimentar e nutricional, o aproveitamento integral dos alimentos e o uso das Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC). Além disso, foram compartilhadas receitas deliciosas utilizando os produtos locais que são abundantes na região, demonstrando como é possível diversificar a alimentação com recursos disponíveis nas próprias comunidades.
Atividade prática da Oficina Culinária na Comunidade Tapuio, Anagé-Ba.
As oficinas contaram com a presença ativa de Leandro Gonçalves, Coordenador do Projeto, e dos membros da equipe do Cedasb Leandra Silva, Jacqueline Viana, Eduardo Rocha e Rafael Soares, que juntos proporcionaram um ambiente de aprendizado colaborativo e inspirador. Os jovens assessorados pelo Cedasb, juntamente com suas famílias, se beneficiaram de uma abordagem prática e educativa, que destacou a importância de práticas alimentares simples, acessíveis e nutritivas.
Trabalhar temas como a segurança alimentar e o aproveitamento integral dos alimentos, nas comunidades rurais, contribui significativamente para a redução do desperdício e para a promoção de uma alimentação mais saudável. Além disso, o conhecimento sobre as PANC oferece novas possibilidades culinárias e nutricionais, valorizando a biodiversidade local e promovendo a sustentabilidade.
Sociobiodiversidade da Comunidade Bom Sucesso, Anagé-Ba
Para os agricultores familiares, essas práticas são especialmente relevantes, pois potencializam o uso eficiente dos recursos disponíveis e incentivam a autonomia alimentar. As oficinas culinárias também reforçam a conexão dos jovens com a terra e com as tradições alimentares de suas comunidades, ao mesmo tempo em que introduzem inovações que podem melhorar a qualidade de vida no campo.
O Cedasb continua comprometido com o desenvolvimento e fortalecimento das comunidades rurais, e as Oficinas Culinárias são um exemplo claro de como a educação e a prática culinária podem transformar realidades, promover a saúde e garantir uma alimentação mais diversificada e nutritiva para todos.
Texto Jacqueline Viana - Bióloga e Comunicadora Popular do Cedasb