Fazer parte do Projeto Sementes do Semiárido, está sendo muito importante, gratificante e enriquecedor, pois, estou compartilhando experiências com agricultores e agricultoras e reencontrando com sementes que fizeram parte de boa parte da minha vida. Ter  representado o CEDASB na VI Festa das Sementes da Paixão, em Araras – PB, foi o maior acontecimento na minha trajetória de trabalho na instituição.
Essa troca de experiências com agricultores (as), que podemos dizer que são os pioneiros de “Bancos de Sementes” no semiárido, foi uma verdadeira aula com professores(as) e pesquisadores, onde não podemos medir a dimensão dos conhecimentos acumulados nessas famílias para convivência com o semiárido.
Ao chegarmos ao evento foi que começamos a entender a dimensão, e a grandeza do Projeto Sementes no Semiárido, pois, levamos algumas sementes de nossa região para participar da troca de sementes. Foi um momento ímpar, pois, me deparei com uma infinidade de variedades. Tanto comestíveis como para alimentação animal e também espécies nativas, que são de fundamental importância para promovermos um recatingamento.
Outro momento que nos deixou extremamente feliz foi o teste de transgênia das duas variedades de milho (milho estrada de ferro e o asteca), que levei para o evento. No momento do teste não tem como ficar apreensivo, temendo algum resultado que não seja a isenção de qualquer interferência transgênica. Mas quando saiu o resultado, e que é constatado que o milho é puro, sem nenhuma contaminação, o coração dispara ficando impossível de controlar a emoção.
Nesta viagem tivemos a felicidade de trazer inúmeras espécies de milho, feijão, fava e até mesmo a variedade de planta nativa que eu estava há um bom tempo à procura, a Sabiá. Planta de uma importância fundamental na alimentação dos pequenos animais, além de fornecer madeira para construções e lenha para uso das famílias agricultoras.
Tenho certeza que os meus conhecimentos e a minha paixão pelas sementes crioulas aumentaram de tal forma, a qual não consigo medir a dimensão e não tem dinheiro no mundo que pague.
A participação nesse encontro me trouxe grandes motivações, e mais do que nunca, me leva a contribuir da melhor maneira possível na execução desse projeto. Bem como, a disseminação dessas práticas que contribuem em todo esse processo de convivência com nosso Semiárido. Estou muito feliz e me faltam palavras em agradecimento, pela confiança na missão de representar a Instituição (CEDASB), em um evento de tão grandiosidade e importância.

Texto:

Terêncio Vieira – Animador Técnico, Sementes do Semiárido/CEDASB

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Terêncio (1º da esq. pra dir) e demais companheiros/as participantes da 4ª Feira das Sementes da Paixão em Arara PB

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